A música, tem o poder de provocar mudanças significativas no estado de consciência e na forma como percebemos o mundo. Pesquisadores espanhóis descobriram que a música pode sincronizar com a atividade cerebral, alterando a velocidade de reação e o senso de identidade dos ouvintes. Este fenômeno, conhecido como “arrastamento” das ondas cerebrais, revela como estímulos externos podem influenciar nossa percepção e emoções.
Quando ouvimos música, diversas áreas do cérebro são ativadas, criando uma “conversa” interna que envolve emoções, memória e movimento. O córtex auditivo, responsável por distinguir volume e tom, é apenas uma parte desse complexo sistema. A música provoca a liberação de dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer, e pode gerar sensações de calma, alegria ou nostalgia.
Os pesquisadores recrutaram 19 jovens para ouvir trechos de música eletrônica em diferentes andamentos: 99 bpm, 135 bpm e 171 bpm. Durante a experiência, a atividade elétrica cerebral dos participantes foi monitorada com eletrodos, enquanto eles avaliavam seu estado de consciência.
Compreender como a música altera a consciência pode ter aplicações terapêuticas, como no tratamento de estresse e na recuperação de estados de coma. Pesquisas futuras devem explorar como características individuais, como o conhecimento musical, influenciam a resposta ao arrastamento.
A música não apenas altera nosso estado de consciência, mas também evoca emoções profundas. Cada gênero musical pode provocar reações diferentes, e a associação entre música e memória é um fenômeno bem documentado. Por exemplo, uma canção pode nos lembrar de um momento especial, influenciando nosso humor e bem-estar.
A relação entre música e cérebro é complexa e fascinante. A pesquisa continua a desvendar como a música pode ser uma ferramenta poderosa para influenciar nossas emoções e estados mentais. À medida que mais estudos são realizados, podemos esperar descobrir novas maneiras de utilizar a música para melhorar a saúde mental e emocional.
John Taylor, baixista do Duran Duran, levantou um debate polêmico sobre o futuro das bandas na música. Durante um painel no Festival de Música de Sanremo, na Itália, o músico declarou que “os grupos musicais estão com os dias contados”, citando a ausência de bandas nas principais categorias do Grammy como evidência dessa mudança (via UCR).
Embora os indicados ao prêmio ainda incluíssem nomes como Metallica, Rolling Stones, Green Day e Pearl Jam, os destaques da premiação foram dominados por artistas solo, como Beyoncé, Kendrick Lamar e Billie Eilish. Para Taylor, isso representa uma mudança radical em relação às décadas passadas, quando a formação em grupo era o padrão na música. “Crescemos nos anos 60 e 70 e vimos essa dinâmica acontecer no palco e nas gravações, com parceiros iguais trazendo algo especial. Não encontramos uma maneira de melhorar isso”, afirmou.
O mesmo sentimento já havia sido compartilhado em 2021 por Adam Levine, do Maroon 5, que disse se sentir triste com o desaparecimento das bandas no universo da música. “Quando o primeiro álbum do Maroon 5 saiu, ainda havia muitas bandas. Hoje sinto que elas são uma espécie em extinção”, declarou na época à Apple Music. Para ele, grupos musicais podem até existir, mas não têm mais espaço nos holofotes como antes.
Apesar desse cenário, ainda há bandas que resistem e seguem lotando arenas pelo mundo. Mas a pergunta fica no ar: será que estamos testemunhando o fim da era das bandas ou apenas uma nova fase para o formato?
O vocalista do Placebo, Brian Molko, está enfrentando acusações de difamação na Itália depois de insultar publicamente a primeira-ministra Giorgia Meloni durante um show em Turim, em 2023. Na ocasião, o cantor chamou Meloni de “pedaço de m*rda, fascista e racista”, o que levou a um processo da líder italiana.
Os promotores abriram uma investigação sobre o caso e, nesta segunda-feira (17), o Ministério da Justiça da Itália deu sinal verde para que os procedimentos legais contra Molko avancem. A acusação de “desacato às instituições” pode resultar em uma multa de até € 5.000 e uma intimação direta a julgamento.
Embora a legislação italiana preveja penas de até três anos de prisão por difamação pública, o The Guardian destacou que um porta-voz do Ministério da Justiça disse que é improvável que o músico seja preso. Um representante do Placebo comentou que a banda não vai se pronunciar sobre o caso.
Meloni lidera o partido nacionalista Irmãos da Itália e a coalizão de extrema-direita que lidera o país desde 2022, instituindo políticas de linha dura contra imigração, aborto e paternidade entre pessoas do mesmo sexo.